quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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A Matemática ao Alcance de Todos.
Projetar, monitorar, gerenciar e fazer manutenção de máquinas, processos e sistemas de organização. Esse é o trabalho do engenheiro mecânico, que vai muito além de criar motores automotivos. O profissional, tema do Guia de Carreiras desta semana, também trabalha com novas tecnologias, automação, robótica, faz controle de qualidade da produção e atua na área de energia, desenvolvendo turbinas eólicas, motores de combustão, entre outras máquinas.
Para ser um engenheiro mecânico é necessário saber física, matemática e ter curiosidade por mecanismos, dizem profissionais do setor. “Uma pessoa que gosta de máquinas, construção de equipamentos e inovações tecnológicas”, define o coordenador do curso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ ), Vitor Romano.
Mercado de trabalho
De acordo com especialistas da área, o mercado de trabalho da profissão é amplo, tem boa oferta de vagas, e possibilita atuação em áreas distintas. “É possível trabalhar em empresas de diversos setores ou criar seu próprio negócio para projetar novos produtos, softwares de serviços ou fazer consultoria”, afirma Vicente de Paulo Nicolau, coordenador do curso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC ). “De todas as engenharias, é uma das que mais emprega”, acrescenta Nicolau.
Para o professor Luís Gonzaga, coordenador do curso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA ), outro fator importante é o graduado ter uma visão de engenharia de concepção. “O aluno sai do curso capaz de fazer projetos de estrutura organizacional de uma empresa e não só manutenção de máquinas”, afirma. O curso do ITA tem ênfase em mecânica aeronáutica.
Entre as áreas promissoras do mercado de trabalho, os especialistas destacam os setores de energia, combustíveis, óleo e gás e as indústrias aeronáutica, naval e automobilística. No caso das duas últimas, o trabalho deve se concentrar na produção de peças.
De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) a mecânica faz parte do grupo das engenharias industriais (no qual também estão a química, a naval, a metalúrgica e a aeronáutica) que concentra o segundo maior número de profissionais da engenharia, só perdendo para a civil.
A graduação tem duração de cinco anos assim como outras engenharias. Na maioria das faculdades, os dois primeiros anos são de disciplinas básicas como matemática, física, química, introdução à engenharia mecânica, entre outras.
Nos outros três anos, o aluno tem contato com as matérias profissionais como organização industrial, transferência de calor, mecânica de fluidos, projetos de máquinas, processos tecnológicos, entre outras. A carga horária também conta com uma série de disciplinas optativas que o aluno pode escolher como forma de direcionar sua formação para a área que mais gosta.
Ao longo da graduação, os estudantes são estimulados a participar de torneios entre as diversas universidades. As competições mais conhecidas são as do Mini Baja (veículos projetados pelos estudantes para andar em terrenos acidentados), aerodesign (aviões de controle remoto) Fórmula SAE (carros de corrida) e a de robôs.
Assim como nas outras engenharias, o curso tem estágio obrigatório de 160 horas, segundo as diretrizes do Ministério da Educação (MEC ). No entanto, na maioria das faculdades é exigido um período de experiência mais extenso.
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